17 de setembro de 2010
O mais triste de se viver é saber que estamos sujeitos à um fim inevitável. É saber que assim que nascemos tornamo-nos projetos de morbidez. É triste imaginar que todas as coisas estão condenadas desde o momento em que são criadas, à um fim.
Claramente há outros modos de se ver a vida e a morte, mas este, neste momento, empregnou-se em mim e por vontade própria não pretende sair tão em breve. Ah, sim. Eu, se pudesse, se fosse de minha vontade, defenestraria essa penumbra que me assombra.
Não a morte, mas o fim em si. Fins são tão amargamente tristes que me fazem ter vontade de fugir e ironicamente me abrigar na própria morte.
Mas pior que o fim, é o início deste. É um período terrível em que todos os sentidos se confundem sinestesicamente, nada é claro o suficiente e todas as certezas anteriores se tornam dúvidas. Amargas e incoesas.
Se há medo do fim, ou é por medo de um novo começo, ou é simplesmente pelo medo de perder coisas ou pessoas que te cativaram durante toda uma vida ou parte dela.
Fins são tristes, por isso prefiro não terminar esse texto...


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